Esta pesquisa, desenvolvida em
nível de Mestrado, objetiva analisar a governamentalidade do sujeito fumante e
a constituição de suas identidades em campanhas antitabagistas, a partir de
enunciados que circulam na materialidade sincrética das embalagens de cigarro.
Ancoramo-nos no arcabouço teórico da Análise do Discurso (AD) em diálogo com a
teoria de Michel Foucault e suas ressonâncias no Brasil, com a Semiologia Histórica, para analisar a materialidade sincrética da imagem e com alguns teóricos dos Estudos Culturais, para tratarmos da construção identitária pelo/no discurso. De
modo mais específico, a partir de uma abordagem arquegenealógica do discurso, pretendemos
analisar
as condições de emergência do corpo do sujeito fumante como estratégia
discursiva no combate ao tabagismo; verificar como se exercem as relações de poder/saber sobre esse sujeito e as instituições que legitimam o discurso antitabagista. Nosso corpus é constituído de 18 enunciados,
distribuídos em três séries enunciativas, construídas a partir da ideia de trajeto temático, quais sejam: Tabagismo e os riscos de doença e morte para
o sujeito fumante; Os riscos do
tabagismo passivo; e Tabagismo e
impotência sexual. O campo de memória do qual esses enunciados fazem parte
nos possibilita correlacioná-los a propagandas de cigarro e verificar as
movências históricas do discurso sobre o tabagismo em nossa sociedade, bem como
as diferentes posições que o sujeito fumante passou a ocupar em decorrência
disso.
terça-feira, 16 de junho de 2015
DISCURSO, CORPO E GOVERNAMENTALIDADE: as marcas identitárias do sujeito fumante nas campanhas antitabagistas das embalagens de cigarro.
terça-feira, 16 de junho de 2015
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terça-feira, 7 de outubro de 2014
A GOVERNAMENTALIDADE DOS SUJEITOS URBANOS NO DISCURSO DAS CAMPANHAS DE PREVENÇÃO DO GOVERNO DA PARAÍBA.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
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O trabalho em questão pretende
analisar as campanhas de prevenção do Governo da Paraíba, a fim de verificar
como a produção dos sentidos se apresenta na materialidade sincrética, a sua
relação entre o sujeito, a linguagem e a memória. Pretendemos também observar
como se pauta a constituição do discurso normativo que compõe a biopolítica e como ocorre a governamentalidade dos sujeitos nos espaços
urbanos da cidade de João Pessoa. A partir dos pressupostos de Michel Pêcheux
com a teoria da Análise do Discurso francesa e seus estudos desenvolvidos no
Brasil, estabeleceremos um diálogo entre esta teoria do discurso e as ideias do
filósofo francês Michel Foucault. Analisaremos duas campanhas de prevenção e
utilizaremos para este fim, algumas categorias analíticas, tais como: sujeito,
memória, sentido, enunciado, poder, governamentalidade, dentre outras. Este
trabalho possui um viés descritivo-interpretativo, de abordagem
predominantemente qualitativa.
Palavras-chave: Análise do
Discurso. Governamentalidade. Sentido.
Aline Guedes
Orientador: Regina Baracuhy
A GOVERNAMENTALIDADE DOS ESPAÇOS DE LAZER NO DISCURSO DA PROPAGANDA TURÍSTICA DO GOVERNO DA PARAÍBA
Este trabalho tem como
objetivo central analisar a produção de sentidos nos discursos das propagandas
turísticas do estado da Paraíba, a fim de verificar como estas propagandas
delimitam os espaços de lazer (exposição/interdição) do sujeito social, como se
manifestam os procedimentos de controle (técnicas disciplinares) que conduzem
as práticas discursivas desse sujeito e, por fim, investigar a constituição do
discurso normativo que compõe a biopolítica e fomenta a governamentalidade
nesses espaços. Para isso, utilizaremos como embasamento teórico a Análise do
discurso de linha francesa e suas ressonâncias no Brasil, fazendo o batimento
da teoria de Michel Pêcheux, fundador da teoria supracitada, com as ideias de
Michel Foucault. Para
alcançar esses objetivos, analisaremos três propagandas turísticas de lazer,
fazendo uso de algumas categorias analíticas, como: sujeito, memória,
enunciado, sentido, controle, poder, governamentalidade, dentre outras. Este
trabalho apresenta um viés descritivo-interpretativo, de abordagem marcadamente
qualitativa.
Palavras-chave: Análise do
Discurso. Governamentalidade. Sentido.
Kamila Nogueira
Orientadora: Regina Baracuhy
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
GRAFITE NOS MUROS E PICHAÇÃO NA CIDADE DE JOÃO PESSOA: CONTROLE E RESISTÊNCIA DOS DIZERES SOCIAIS
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
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Este trabalho objetiva analisar como
ocorre a governamentalidade e o controle social dos dizeres nos espaços
urbanos, através da produção e circulação de sentidos nas materialidades verbal
e imagética dos grafites e das pichações na cidade de João Pessoa. Verificaremos
também a relação entre o sujeito, a linguagem e a memória discursiva na
materialidade do grafite, e como ocorre a interdição que perpassa o discurso da
pichação, por meio da resistência ao poder governamental em relação a esta
prática discursiva, já que não existe “o” poder, e sim relações de poder que se
movem em as todas as esferas sociais. Observa-se que por viver em uma sociedade
disciplinar, o sujeito contemporâneo tem as suas práticas e os seus dizeres
selecionados, organizados, e que ele produz sentidos na cidade, da mesma
maneira que é afetado pelos vários discursos produzidos por ela. Por isso, em
nossa pesquisa, a cidade não será estudada como espaço físico, mas sim como
espaço político-simbólico em que é possível esta produção de sentidos e também
como lugar de significação dos discursos que circulam socialmente. Partindo-se
da premissa de que os sujeitos sociais têm os seus dizeres controlados,
utilizaremos apenas dois desses procedimentos: a interdição, que atinge os discursos, indicando a sua relação com
o poder; e a vontade de verdade, que
estabelece o que é aceito (ou não) em cada época (as proposições verdadeiras ou
falsas). Desenvolveremos este trabalho a partir do referencial teórico da Análise do Discurso Francesa, que irá subsidiar a
análise do nosso corpus, pontuando
assim como esses procedimentos controladores dos dizeres atuam sobre a
linguagem do sujeito social. Assim, o corpus a ser analisado é composto por
fotografias de grafites e de pichações encontrados nos mais diversos bairros da
capital paraibana. Os resultados preliminares apontam para uma maior evidência
do grafite em relação à pichação, e que nos bairros nobres, este
primeiro é apresentado como algo muito bonito e singelo, enquanto que nos
bairros periféricos é sempre associado a uma crítica social.
Laura Maria da
Silva Florentino (UFPB)
Bolsista PIBIC/CNPQ
O DISCURSO ESCRITO NAS PLACAS URBANAS: A GOVERNAMENTALIDADE DO DIZER
Nosso projeto
está voltado para o estudo dos discursos do cotidiano, tendo como objeto de
análise as placas urbanas, suporte material por onde esses discursos circulam
socialmente. Segundo o filósofo francês Michel Foucault, inúmeras relações de
poder perpassam o corpo social.
Interessa a instituição governamental, além de governar, apresentar um
conjunto de técnicas que serão impostas, exercendo certo controle sobre a
população. É, pois, através dos discursos sociais que esse controle se
concretiza. Diante disso, partimos da hipótese de que a governamentalidade dos
espaços públicos urbanos ocorre através de um conjunto de procedimentos de
controle que incidem na produção de sentidos dos discursos do cotidiano, e
propomo-nos a analisar estes discursos, a fim de verificar como ocorre a
governamentalidade e o controle dos dizeres nos espaços urbanos da cidade de
João Pessoa, além de também verificar alguns procedimentos de controle da
produção e circulação desses dizeres. Utilizamos, no desenvolvimento do projeto,
um corpus composto por 25 placas urbanas, coletadas nos espaços públicos da
cidade de João Pessoa. O material analisado é composto por materialidade verbal
e não verbal. Para subsidiar a análise desse corpus, partimos do diálogo entre
Pêcheux e Foucault, sob a ótica da Análise do Discurso de linha francesa, na
medida em que trabalha com o conceito de discurso enquanto “estrutura e
acontecimento”. Entendemos que as placas urbanas organizam, delimitam e
disciplinam o espaço urbano. Dessa
forma, nossa análise aponta para o modo como é exercida a disciplinarização do
corpo social que circula pela cidade.
Bruna Costa Silva
Bolsista PIBIC/CNPQ
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
EGOS EM EVIDÊNCIA: (RE)CONFIGURAÇÕES DO ÍNTIMO NA TESSITURA DO DISCURSO MIDIÁTICO
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
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Nossa
pesquisa de doutorado, ainda em andamento, intenta problematizar a noção de
intimidade, a partir da análise de discursos que circulam na mídia, os quais
paulatinamente põem em xeque as linhas divisoras historicamente determinadas da
chamada vida íntima. Esses discursos, normalmente, explicitam fatos, imagens e
declarações outrora restritos à esfera do privado. Nossa pesquisa volta-se,
portanto, para o exame das discursividades midiáticas por onde os sujeitos
constroem-se, tendo em vista a cultura do exibicionismo e do espetáculo
atualmente em voga. Além do objetivo geral, que é analisar o modo através do
qual o discurso do site Ego espetaculariza
a intimidade do sujeito-celebridade, interessa-nos de maneira específica: i)
perscrutar os mecanismos que, na ordem do dizível, permitiram a aparição de
discursos sobre a vida íntima na mídia, observando os aspectos
histórico-sociais que redefinem as fronteiras entre o público e o privado; ii)
analisar a constituição do sujeito-celebridade na mídia, com base nos discursos
sobre a intimidade a partir do site Ego; iii) descrever/interpretar os
discursos, sejam verbais, imagéticos ou sincréticos, acerca da vida íntima
nesse site, atentando para o caráter
rizomático assumidos por tais discursos por meio da interatividade com outras
vitrines midiáticas; iv) contribuir para os estudos desenvolvidos no âmbito da
AD, principalmente os que se voltam para o exame das discursividades
contemporâneas cada vez mais amalgamadas pela conjunção do verbal com a imagem.
Palavras-chave:
Análise do Discurso. Mídia. Celebridade. Intimidade.
Francisco Vieira da Silva (PROLING/UFPB)
Orientadora: Regina Baracuhy (PROLING/UFPB)
Orientadora: Regina Baracuhy (PROLING/UFPB)
sexta-feira, 23 de março de 2012
O BRASIL DA COPA E O BRASIL DE VERDADE: OS ANTAGÔNICOS DISCURSOS DO GOVERNO BRASILEIRO
sexta-feira, 23 de março de 2012
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Alex de Araújo Souto
Mestrando PROLING/UFPB
Este projeto tem por objetivo analisar os diferentes discursos do governo brasileiro quando o assunto é a Copa do Mundo FIFA 2014. Além disso, pretende mostrar o fascínio que a população brasileira tem pelo futebol e como esse fascínio é usado pelo governo brasileiro na produção de seu discurso favorável aos gastos públicos com a Copa, bem como a importância que os brasileiros conferem ao futebol. Abordaremos como a mídia brasileira está lidando com esses discursos, observando e analisando suas tendências ideológicas. Por fim, tentaremos expor os motivos para a produção de discursos tão distintos por parte de um mesmo governo e o porquê de a maioria da população aceitar passivamente esses dois discursos contraditórios, respaldando-os, inclusive. Por isso, chega-se às seguintes hipóteses: futebol no Brasil é coisa séria, políticas públicas para melhorar a vida das pessoas não são importantes; o governo prefere preparar festa para os turistas, mostrando ao mundo um país rico e moderno, em vez de preparar melhores cidadãos para o futuro do país. Para tanto, a pesquisa em revistas, portais de notícias, entre outros, será feita para analisar os diferentes discursos do governo e as relações de poder. Em seguida, o procedimento será de situar as condições de produção em que os discursos foram inseridos, tendo por base os trabalhos de Pêcheux e Foucault, entre outros autores expressivos da AD.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
CORPO, PODER E SUBJETIVAÇÃO: UMA ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE A INCLUSÃO SOCIAL DO SUJEITO DEFICIENTE NA REVISTA SENTIDOS
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
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Maria Eliza Freitas do Nascimento
DOUTORANDA– PROLING/UFPB
Na sociedade contemporânea, é possível pensar como os discursos constroem efeitos de sentidos que transitam em movências, marcadas através do tecido histórico-social. Com isso, as práticas discursivas oportunizam discutir a emergência de objetos em constante formação/transformação, relacionadas à produção histórica dos discursos, buscando enveredar por caminhos analíticos que possibilitem um olhar aguçado para a produção de sentidos. A história do corpo na sociedade é marcada por diferentes possibilidades de relação saber-poder. Isso reforça que na genealogia do poder a forma de ver o homem na história produz deslocamentos que enfatizam a passagem da morte para a vida, ligadas às diversas manifestações do poder, principalmente a biopolítica que usa técnicas para gerir a vida das pessoas, a fim de torná-las mais produtivas, enfatizando o poder como forma de governar a vida, a partir da gestão da saúde, da higiene, da alimentação etc., favorecendo à disciplina e ao controle do corpo. Nosso objetivo, neste trabalho, é analisar em diferentes materialidades midiáticas, os discursos sobre a inclusão do corpo deficiente, enfatizando as técnicas disciplinares utilizadas para incluir esse corpo na sociedade. Como base teórica, usamos a Análise do Discurso francesa na interface das contribuições de Pêcheux e Foucault. Defendemos a tese de que o corpo deficiente, considerado historicamente como um corpo anormal, monstruoso passa por deslocamento na produção discursiva que acarreta em novas visibilidades e dizibilidades sobre o ser deficiente. Com isso, o corpo anormal, feio, monstruoso entra na ordem do discurso, com vistas à sua inclusão na sociedade. Esses discursos produzidos em diferentes materialidades constroem diferentes efeitos de sentidos nos quais os sujeitos portadores do corpo deficiente se (re) constroem e se (re) modelam produzindo subjetividades e, através do corpo, são considerados sujeitos diferentes, não mais deficientes. Assim, o discurso sobre a diversidade entra em cena, produzindo sujeitos dóceis, geridos por micropoderes que os disciplinam e controlam por meio de diversas técnicas: esporte, artes, dentre outras. O corpo deficiente desloca-se, então, de foco de resistência ao poder, para um foco de preocupação do poder, tendo em vista que não basta excluí-lo, isolá-lo do corpo social, mas sim, transformá-lo em produtivo, pois ele pode também ser uma força de trabalho. As diferentes materialidades midiáticas oportunizam a circulação dos discursos, que constroem práticas sociais. Por isso, consideramos a mídia como grande promotora da circulação dos discursos sobre a inclusão do corpo deficiente e, oportuniza uma análise discursiva dos diferentes efeitos de sentido produzidos nessas materialidades, dos processos de subjetivação do sujeito deficiente, as técnicas de disciplina usadas para “adestrar” os corpos, os procedimentos de governamentalidade sobre o outro e as estratégias do governo de si.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
SUBJETIVIDADE, PODER E MÍDIA: A ESCRITA DE SI NO CORPO TATUADO
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
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Edileide Godoi
DOUTORANDA PROLING/UFPB
Este trabalho tem como objetivo geral analisar como a escrita no corpo vem produzindo identidades e construindo subjetividade na sociedade de contemporânea, buscando compreender como o corpo se oferece como matéria (suporte) em que a escrita e o desenho significam. Para tanto é preciso pensar o discurso como propõe Foucault (2005, p.55), “um conjunto de regras próprias a prática discursiva. Essas regras definem não a existência muda de uma realidade, mas o regime dos objetos”. São essas regras, a serem acolhidas na dispersão do discurso da tatuagem, que acreditamos constituir uma prática discursiva que constitui um lugar para subjetivação. Entendemos que a escrita no corpo é uma prática discursiva que luta contra a sujeição, contra as diversas formas de subjetivação e submissão que lhes são impostas e oferecidas através das técnicas de si. Foucault em seu texto "O sujeito e o poder” (1982) enxerga que as diferentes técnicas que modificam os indivíduos em sujeitos atraem diversas formas de lutas e resistência. O problema é: será que diante das transformações sócio-culturais ocorridas no período compreendido por muitos teóricos como pós-modernidade ou “modernidade líquida” (BAUMAN, 2007), a textualização no corpo é uma forma de subjetivação resistente a técnicas de si imposta pela sociedade capitalista ou mais uma forma de pertencimento a um determinado grupo? Para embasar nosso trabalho escolhemos o aporte teórico da Analise do Discurso francesa uma ciência em que a análise precede a própria teoria (MALDIDIER, 2003, p.12). O corpus de nossa pesquisa será composto de um recorte feito em revistas de circulação nacional (Veja), blog (“dor e prazer”), site (www.uol.com.br) que propõe, meio a dispersão enunciativa, uma escrita de “si para si”. Compreender a textualização no corpo é em alguma medida compreender as novas formas de significar o corpo e significar os sujeitos. Conforme Revel (2005, p.83) o processo de subjetivação são práticas de objetivação que permitem constituir-se sujeito de sua própria existência.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
DO ARMÁRIO AO ALTAR: A SUBJETIVIDADE GAY NOS JOGOS DE VERDADE DO DISCURSO MIDIÁTICO
terça-feira, 8 de novembro de 2011
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JJ Domingos
O período do fim da ditadura no Brasil marca uma época muito particular de nossa história. Além da abertura política, apresenta-se a possibilidade de novos discursos, em especial de grupos considerados minoritários ou marginais. Buscando maior visibilidade, vários destes grupos veriam na mídia um meio de propagar suas ideias e apresentar novos modos de subjetividade, diferentes daquelas construídas pelo discurso hegemônico de então. Vários periódicos aparecem nesse período como forma de resistência ao regime militar e como instrumento capaz de conferir visibilidade às chamadas minorias. Aqui escolhemos o Jornal Lampião da Esquina como base para o nosso corpus.
Esta pesquisa entende que a construção discursiva que a mídia impressa (o jornal Lampião e as revistas atuais) produz e reproduz do sujeito homoafetivo emerge de um relativismo histórico no qual não há verdade a ser buscada nos diferentes lugares históricos, mas “verdades” construídas descontinuamente através de discursos que favorecem práticas de poder.
Com base no o aporte teórico da Análise do Discurso e no trabalho arquegenealógico de Michel Foucault, que leva em conta o fato de um objeto receber significações diferentes conforme a época e as práticas em que ele ganha existência, a proposta então é investigar esta premissa foucaultiana, aplicada ao sujeito homoafetivo que se constitui no discurso (como acontecimento) que irrompe nas páginas de Lampião assim como nas de publicações mais recentes dirigias aos homossexuais.
A esta pesquisa interessa a figura do homoafetivo produzida linguística e discursivamente em o Lampião da esquina e mais recentemente, nas revistas gays anteriormente citadas. Atentando para o significado e a relevância desse material para os estudos da linguagem, o mesmo será tratado aqui sob um enfoque sócio-histórico de cunho qualitativo, a fim de se privilegiar a compreensão e a interpretação do objeto.
domingo, 6 de novembro de 2011
CORPO, IDENTIDADE E MÍDIA: OS DISCURSOS SOBRE O ENVELHECIMENTO EM REVISTAS DE VARIEDADES
domingo, 6 de novembro de 2011
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DOUTORANDA PROLING/UFPB
Vivemos em uma sociedade capitalista cujo consumo de bens materiais/imateriais e serviços para a manutenção de um corpo ativo, belo e produtivo é muito importante, devido à valorização excessiva da juventude em detrimento da velhice, ocorrendo isso por causa da existência de um “lugar”de memória, que caracteriza a posição sujeito idoso a partir de traços identitários que desvalorizam essa posição sujeito e, que de acordo com Guita Debert (1997, p.40), “dão uma configuração específica à organização de mercados de consumo e à articulação de demandas políticas”. Assim, essa pesquisa tem como objetivo maior analisar os efeitos de sentido das construções identitárias da mídia para a velhice, a fim de explicar na emergência desta, como lugar sócio-histórico, o que propicia, como funcionam e quais as consequências do silenciamento da posição sujeito idoso, fruto de uma formação discursiva marginalizada, e da promoção de identidades de inclusão, propostas pela mídia, baseadas na concepção de corpo como veículo do prazer, para os idosos nos gêneros presentes em Veja, Época e Isto é – revistas das quais recortamos o nosso corpus.
domingo, 29 de março de 2009
O ESPETÁCULO DE IMAGENS NA ORDEM DO DISCURSO MIDIÁTICO: O CORPO EM CENA NAS CAPAS DA REVISTA VEJA.
domingo, 29 de março de 2009
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Tânia Maria Augusto Pereira
Doutoranda/Proling UFPB
Esta tese tematiza
a espetacularização do corpo feminino na mídia. O objeto de nossa pesquisa é a
imagem do corpo feminino e seus sentidos passíveis de análise nas capas da Revista
Veja que abordam o culto ao corpo.
Diante disso, buscamos esclarecer qual a imagem de corpo feminino que essa
Revista espetacularizou ao longo dos seus anos de publicação. A partir daí,
outro questionamento norteia nossa investigação: que corpos foram excluídos
pela Revista? Para responder esta
problematização, hipotetizamos que, em se tratando do corpo enquanto
acontecimento discursivo espetacularizado, a Revista impõe um corpo magro,
“sarado”, bonito e saudável à população brasileira, alicerçado por um discurso
científico, ao mesmo tempo em que interdita outros, tais como o corpo gordo, o
corpo magro anoréxico etc. Tendo como pressuposto a compreensão
do corpo como uma construção histórica e cultural, sobre a qual se articulam
diferentes discursos e saberes, objetivamos analisar o discurso da Revista Veja sobre o corpo feminino enquanto
acontecimento discursivo espetacularizado. Também buscamos refletir sobre como
o discurso da Revista é significado, legitimado, reconhecido e mantido através
das técnicas disciplinares usadas para adestrar os corpos, dentro do que
Foucault denomina Biopolítica. Como embasamento teórico-analítico, utilizamos os
estudos referentes à terceira época da Análise de Discurso (AD), erigida por
Michel Pêcheux, das formulações discursivas de Jean-Jacques Courtine e,
principalmente, das contribuições de Foucault, em sua analítica do poder, à
teoria do discurso. Também nos apoiamos nas ideias de pesquisadores do campo
dos Estudos Culturais. Para a AD, a mídia configura-se como um dispositivo
disciplinador, na medida em que cria identidades e parte do princípio de que
tais identidades são efeitos do discurso, já que é no interior das práticas
discursivas que elas emergem. Cuidar de si na contemporaneidade significa
cuidar do corpo, sentir-se bem a partir de regras de conduta e de princípios
impostos como verdades e prescrições construídas pela mídia através da
exposição incessante das imagens de corpos belos. Constatamos nas capas da Revista
Veja a atuação de dispositivos
disciplinares que ditam formas e hábitos de vida enquadrados no saber/poder. Os
corpos apresentados pelo discurso da Revista ordenam um dizer que vai além da
estética da beleza, visto que tal discurso produz, estabiliza e faz circular um
feixe de sentidos, materializando dizeres sustentados pela memória discursiva,
apagando ou deixando implícitos outros.
Palavras-chave: Corpo. Mídia. Espetacularização.
Biopolítica. Biopoder.
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